Depois da decisão da diretoria de demitir Vágner Mancini, após um trabalho que, apesar de no início dar indícios de que seria proveitoso, acabou em ruínas, em crise, em vaias. Demissão correta coerente. Não era para manter o técnico, que não estava "de bem" com a torcida e isso é um grande motivo para levar à demissão - enorme no caso do Vasco. Mesmo tendo ele um bom relacionamento com grande parte dos jogadores, salvo raras exceções. O Vasco não é o Avaí, assim como Mancini não é Paulo Silas, por isso houve a dispensa, em acordo com o presidente.
Agora, resta ao Vasco optar pela melhor opção, sobretudo por uma escolha correta, que dê a certeza de que frutos serão colhidos. Não é hora de se apostar num valor prematuro, jovem, numa verdadeira aposta. É hora de ser conservador, optar pela experiência. Celso Roth seria uma boa. Profundo conhecedor da Colina, Roth jamais fez um excelente trabalho por lá, mas já montou times competitivos com a cruz de malta, mesmo tendo pouquíssimas opções. Exemplo disso é o Vasco de 2007, pelo menos até o meio do ano. Roth era o técnico.
O problema de Celso Roth é com a imprensa e com sua síndrome de ser "cavalo paraguaio", aquele que "nada, nada e morre na praia". Foi assim no Grêmio em 2008 e no Atlético Mineiro em 2009. Mas para tudo há uma primeira vez. Roth pode dar a chance do Vasco voltar a conquistar títulos, coisa que o clube não faz desde 2003, e o próprio Gigante da Colina pode dar a Roth um fim à essa alcunha nada agradável.
Roth é disciplinador, durão, de poucas e boas palavras. Costuma comandar treinamentos sob olhares frios e gritos, muitos gritos. Dorival tinha um pouco disso, mas tinha também o grupo em suas mãos. A maior tarefa de Roth seria essa, ganhar o grupo de jogadores. Para isso, é de extrema importância que ele, rapidamente, se "una" a Carlos Alberto, Fernando, Fernando Prass, Dodô, ou seja, os medalhões, os mais experientes do grupo, aqueles que "comandam" o vestiário. Feito isso, ganhar a torcida será fácil e simples. A receita é vencer.
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