Apesar das elasticidade do placar, o Fla novamente não jogou um futebol vistoso. Foi prático, sério e eficiente. Venceu como de costume em 2011, ainda sem convencer. O que vinha sendo normal nos últimos jogos se repetiu contra a equipe cearense: muita disposição por parte dos rubro-negros mas pouca empolgação no futebol da equipe. Luxemburgo até tentou mudar o panorama recente, escalando um centroavante de ofício, seu xará Wanderley, no lugar de Bottinelli, recuando Ronaldinho Gaúcho para sua posição de origem.
O artilheiro das comemorações emocionantes mostrou a garra de sempre, no entanto não foi tão eficaz como no início. Sem conseguir prender a bola na frente e fazer tabelas, acabou facilmente anulado pela dupla de zaga da casa. Teve a exibição salva pelo seu brilhantismo, faro de gol, no segundo tempo, após o voleio de Thiago Neves não dar certo e a bola sobrar livre para o camisa 33 cabecear, sem chances para o experiente Fabiano.
Ronaldinho também teve atuação apagada. Sem se movimentar muito na primeira etapa, pouco tocou na bola, apesar de participar do primeiro gol. No segundo tempo, continuou bastante sumido da partida, mas com lampejos praticamente resolveu o jogo, criando a jogada dos dois últimos gols.
Assim como o badalado camisa 10 rubro-negro, Luciano Henrique, o principal armador tricolor - ao menos, na teoria -, não foi bem. Foi, de fato, muito mal. Escondeu-se do jogo, perdeu bolas fáceis, errou passes bobos e acabou merecidamente substituído e vaiado. Enquanto isso, Bismark, Roniery e o veloz Reginaldo assustavam o lado esquerdo da defesa carioca, com boas tramas. Era pela direita que o Fortaleza crescia na primeira etapa. Até Renato acertar um chutaço de perna direita. Foi a senha para o Fla dominar o jogo. Sem freio, não demorou para a goleada aparecer.
Dentre os artistas do "Bonde sem freio", quem mais esteve perto de encantar a apaixonada torcida que compareceu ao Castelão foi Thiago Neves. Disposto, guerreiro, o camisa 7 não desistiu de nenhuma jogada. Correu, suou, armou, chutou. Fez de tudo um pouco. Chamou diversas vezes o jogo para ele, e, por pouco, não fez um golaço. No fim, cansou, mas, mesmo assim, acabou sendo o melhor em campo.
Na verdade, o que realmente encanta a torcida e a crítica é um dos trunfos da equipe comandada por Luxa: a seriedade. Seja contra o atual campeão brasileiro, seja contra o Olaria, seja contra o Fortaleza, a vontade de vencer é a mesma. Todo jogo é jogo sério no Flamengo, o que, de certa forma, evita o oba-oba no clube, facilitando a construção de vitórias independente da competição.
É assim que o Flamengo caminha rumo às glórias: sem muito brilho, mas com seriedade e disposição em alta. Um time bastante correto. Pelo menos foi o que pôde se ver na capital cearense. Com exceção do lateral Egídio, ainda em má fase, e do zagueiro Wellinton, cuja noite acabou sendo desastrosa, errando quase tudo que tentava. Exceções à parte, Luxa tem um time sério, organizado e bastante competitivo. O Flamengo chega forte em 2011. Invicto. Só falta encantar.
Foto: Vipcomm
Lucas,
ResponderExcluirainda vejo um mengo meio confuso mas no caminho certo, tbm tem a questão do cansaço, até R10 já mostrou sinais de cansaço, fruto de um calendario esdruxulo.
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