" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




segunda-feira, 21 de março de 2011

Messi, há um ano como 'falso nove'


A inteligência demonstrada em campo possibilita a Messi jogar em qualquer faixa do gramado. Adaptável a qualquer posição, o argentino se faz parecer realmente um jogador virtual, editado para ser o melhor de todos os tempos, independente da função. Quando surgiu no Barcelona, há 5 temporadas, Lionel Messi gostava de jogar pelas pontas. Foi quase sempre pelo lado direito que “La Pulga” deixou os adversários para trás e boquiabertos com sua genialidade. Mas há exato um ano, o camisa 10 culé mudou de “ramo”. Sem perder as virtudes que o fazem o melhor do mundo.

Era 21 de março de 2010 em La Romareda quando Messi roubou a bola no meio de campo, driblou dois defensores, antes de passar pelo goleiro do Zagaroza. Um golaço. Típico de Messi. Eleito pelo próprio jogador o melhor da temporada. No entanto, o que mais chamou a atenção dos torcedores e da imprensa espanhola no momento foi o recuo de Messi, que havia sido escalado para aquela partida um pouco mais centralizado, quase como um centroavante. Ao recuar, Messi abriu espaços para os pontas, como um verdadeiro “falso nove”. Era a mais nova invenção de Guardiola.

Antes de pôr em prática definitivamente a idéia de ter Leo na função primeiramente desempenhada por Nándor Hidegkuti, craque da Hungria dos anos 50, Guardiola fez alguns testes. Contra o Real Madrid, o primeiro. E Messi correspondeu, sendo, como de costume, decisivo. O estopim para Guardiola tomar a idéia como certa foi a final da Champions League em 2009, contra o Manchester United. Messi foi perfeito. Jogo como um meia cerebral e, ao mesmo tempo, como um centroavante magistral. E provou estar pronto para ser o melhor “falso nove” do planeta.

Passou quase um ano até o treinador blaugrana perder o medo de ser feliz. O Zaragoza acabou sendo a grande cobaia do argentino, que na ocasião anotou um hat-trick, além de sofrer um pênalti. Desde então, foram 60 gols marcados, e incontáveis assistências. Messi, mais uma vez, correspondeu. E revelou, meses depois, que ele próprio estava insatisfeito na ponta e havia pedido para Pep uma nova posição. Juntou a fome com a vontade de comer.

“Assim eu fico mais perto da bola e dos meias, que sempre controlam a bola e armam o jogo. Tenho mais chegada de trás e vejo mais o gol. É como eu melhor me sinto dentro de campo.”, disse o argentino, ao jornal Marca, da Espanha, garantindo estar de bem com a nova função dentro de campo.

A referência que o Barcelona procurou por muito tempo com a saída de Samuel Eto’o e tentou encontrar em Zlatan Ibrahimovic, a contratação mais cara da história do clube e, provavelmente, a mais decepcionante, acabou achando no camisa 10 do time. Porque, de fato, não se trata de apenas um camisa 10. É o camisa 10. É Lionel Messi, um gênio que veste a 10, mas que joga como um “9”. Ou melhor, um “falso nove”.

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