Quarenta e seis gols. Em setenta e dois jogos. Feito histórico, que nem o eterno Raúl Gonzalez conseguiu superar. É assim que David Villa encanta os espanhois. Além dos gols e das boas atuações, conta com recordes para surpreender e orgulhar toda uma nação. Depois de virar um jogo complicado contra República Tcheca nesta sexta-feira, válido pelas eliminatórias para a Eurocopa-2012, com dois gols, o atacante do Barcelona se consolidou como o maior goleador da História da seleção espanhola.
O primeiro tento de Villa com a camisa da ‘Fúria’ aconteceu em 2005, meses depois da sua primeira convocação para um amistoso contra San Marino. Depois de ficar no banco na estreia, Villa entrou em campo para marcar pela primeira vez com a camisa que o poria na história do futebol para sempre, contra a Eslováquia, em novembro.
O atual camisa 7 espanhol estava empatado com um mito que vestia o mesmo número às costas representando a Espanha. Até a partida contra os tchecos, Villa e Raúl se mantinham empatados, com 44 gols. No entanto, antes mesmo de Villa passar seu antecessor na contagem, o próprio já possuía uma média melhor: cerca 0,6 gol por jogo, contra cerca de 0,4 de Raúl.
Numa simples comparação entre os dois, é possível perceber que o oportunismo do goleador revelado pelo Sporting Gijón, mas que só foi aparecer para o mundo do futebol no Valência, é algo bastante raro e notável para o futebol moderno. Até mesmo nos campeonatos clubísticos, a média de gols de Villa é altíssima, desde os tempos de Mestalla.
A verdade é que David Villa já há algum tempo preenche com extrema eficácia o vazio no peito dos espanhois deixado por Raúl, que se retirou da seleção nacional. Em 2008, na primeira competição sem o lendário atacante do Real Madrid, a Fúria se sagrou campeã europeia, e Villa, novamente ele, foi eleito o melhor jogador do ano pela FIFA.
Se Raúl deixou muitas saudades e, principalmente, fez muita história não só em território espanhol, mas também europeu, Villa tem tudo para seguir o trilho dos atacantes inesquecíveis. E ultrapassá-los, como fez com Raúl. Com ainda alguns anos para poder brilhar ainda mais, a Espanha já tem um novo fenômeno: David Villa.
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