Quando se sagrou campeão da Taça Libertadores em 2002, vencendo a sensação da competição, o São Caetano, o Olímpia não jogava um futebol vistoso. Sem craques no elenco, foi na base da organização e da garra que a tradicionalíssima equipe paraguaia pôde levantar por mais uma vez na sua história o troféu mais importante do continente. Demorou 3 anos para outro clube paraguaio brilhar no torneio. O Libertad nunca foi campeão da América, mas chegou perto em 2005. Seis anos depois, novamente a equipe alvinegra enche o coração do país com boas novas, desta através de uma campanha ainda melhor.
Com 10 pontos em quatro jogos, o Libertad vê no pragmatismo típico de times paraguaios a sua chance de brilhar. Mandando seus jogos num estádio bastante acanhado, a equipe faz da sua casa o seu caldeirão, e não perde pontos por bobeira. Ademais, fora de casa joga com responsabilidade e extrema segurança. Joga de forma eficiente. E vence, apesar de, na maioria das vezes, não convencer, como nesta terça-feira, no triunfo mínimo sobre o fraco Universidad San Martín. Os três pontos valem ouro e, em Assunção, os fins também justificam os meios.
Apesar de possuir jogadores talentosos, como o capitão Bonnet, o atacante Maciel e uma das maiores promessas do país nos últimos tempos, o zagueiro Alborno, o Libertad não faz gosto de um futebol bonito, envolvente. Pelo contrário, por vezes se mostra um time “duro”, “pesado”, com bastante força no meio-campo. Um time que vê na vitória um pote de ouro. E briga até o fim para conquistá-lo, sem agradar, se preciso for. Marca sob pressão e sai muito bem em contra-golpes, além de ter uma bola aérea insistentemente treinada pelo ótimo
No entanto, ao contrário da maior parte de seus compatriotas, o Libertad não possui tantos defeitos. Sobretudo pelo senso de organização que a equipe possui. E pela disciplina imposta pelo seu treinador. Claro que a defesa falha vez por outra, seja no posicionamento, na técnica, mas raramente em bolas alçadas à área.
Talvez o grande ponto forte da equipe alvinegra seja a sua regularidade. É praticamente impossível ver o Libertad encantando com seu futebol. Contudo, da mesma forma é muito improvável ver o time jogando mal. Na base da garra, da obediência tática e da organização em campo, o clube conseguiu, antecipadamente, a classificação para a segunda fase da Libertadores 2011. Foi a primeira equipe a passar de fase, invicta até o momento.
Uma das explicações para o sucesso recente do time é sua torcida apaixonada, que costuma lotar o Nicolas Leóz, fazendo muito barulho e apoiando a equipe durante os 90 minutos. Nos quesitos tradição e popularidade, o Libertad de nada pode reclamar, somente agradecer por ser um dos maiores clubes do continente, talvez o maior no ponto de vista nacional.
Se não bastassem tantos motivos para fazer do Libertad um dos favoritos à conquista da Libertadores, uma razão que foge à regra legal, por ironia, enche seus torcedores de esperança. O presidente da Comenbol, Nicolas Leóz, é torcedor fanático do clube, cujo estádio recebe o nome do cartola. No mundo da malandragem e da corrupção, infelizmente não é surpreendente que uma torcida se anime com um fato como esse. Com razão, lamentavelmente.
No país das crises econômicas e do contrabando, é no futebol que muitos arranjam motivos para sorrir. Depois de uma boa campanha na Copa do Mundo de 2010, paraguaios vêem o futebol nacional se reinventar e renascer. Para dar continuidade a este processo de reformulação do esporte no país, nada melhor que uma campanha digna de time grande na Libertadores. Com virtudes adequadas para ir longe na competição sul-americana, o Libertad não vê a hora de fazer história.
aceita parceria?
ResponderExcluirvisita meu blog e avisa
http://mengaohexa.blogspot.com/
Lucas,
ResponderExcluirfalar de Messi é chover no molhado, o cara é muito, mais muito acima da média, qualquer posição do meio pra frente ele mata a pau.
BLOG DO CLEBER SOARES
www.clebersoares.blogspot.com